Instalação e repetição 2024-2025
Repito, vario, recomeço. As imagens retornam em diferentes escalas e paletas, cada versão carregando uma nova intensidade cromática e emocional. O gesto de pintar deixa de buscar um “resultado final” para se tornar insistência: uma prática quase maníaca de reinscrição.
Essa repetição não é redundância, mas insistência simbólica. Ao multiplicar o mesmo motivo — corpos, ícones, autorretratos — crio um campo de reverberação, onde a diferença está na variação da cor, da matéria, do tempo de execução.
A obra não está em cada quadro isolado, mas na instalação como um todo: na acumulação, no excesso, no processo que se revela visível. Pintar aqui é performar: o processo é o trabalho.